29/3/2011
Você tem fome de que?"A gente não quer só comida A gente quer comida Diversão e arte A gente não quer só comida A gente quer saída Para qualquer parte... http://www.vagalume.com.br/titas/comida.html#ixzz1HxC1kZhd Não sou muito (aliás não sou nada) fã de Titãs, mas esta música veio muito a calhar. Logo que eu comecei a pensar em como eu escreveria esse post houve um "PLIN" e esta música começou a tocar na minha mente. Isso porque eu escrevi a frase que começaria este post: Hoje eu voltei para casa com fome.
Há muito tempo eu não tinha esta sensação: fome. Eu voltei para casa inquieta, incompleta, insatisfeita. Eu tive mais uma aula da pós, e pela primeira vez, eu voltei com fome. O texto não me satisfez. A discussão não me saciou. A aula acabou, e eu fiquei com fome. Fome de quê? De conhecimento? Essa é a grande discussão: afinal, o que é o conhecimento? Uma pergunta muito pertinente uma vez que é uma pós em Gestão do Conhecimento. Seria possível ter fome de conhecimento? Isso, que nos motiva a conhecer, é fome? Fome é uma sensação natural, instintiva, substancial em nosso ser. Temos fome para termos energia para continuarmos vivos. Assim, se afirmo que tenho fome de conhecimento então este é uma energia para me manter viva (manter as ideias vivas, manter a mente viva, manter o espírito vivo). Mas comer conhecimento é comer um abacaxi: é difícil de descascar, é nutritivo, com sorte você abre um docinho, mas todos são ácidos e dão azia (e aftas!!). Não tenho dúvidas, vale a pena comer conhecimento (assim como vale a pena comer abacaxis!) mas, sempre acabo me deparando com coisas indigestas: a intolerância, o preconceito, a ignorância e a falta de novas ideias. O pior é que eu me deparo com isso não apenas no discurso dos outros, mas no meu próprio. Quando eu ouço, pela milésima vez, alguém satanizar o capitalismo e vitimizar os trabalhadores e tals eu instantaneamente penso "Que falta de originalidade! De novo o velho discurso Marxista". E ai, logo eu mesma me ouço dizer "Como você é intolerante". Será que existem ideias novas para pensar em problemas antigos? Será que existem outras opiniões que não as pré-formuladas nos livros de história? É possível realmente discutir o capitalismo, o comunismo, o conhecimento, a sociedade, a história sem nos armarmos daquilo que nossos professores nos ensinaram? Conseguiremos olhar para o mundo com outros olhos senão com aqueles que nos deram? Como diria Anton Ego, (do desenho Ratatouille): Eu estou com fome de perspectiva....
27/3/2011
INFORMAR É DAR FORMAPor muito tempo "informar" era uma ação reservada a poucos profissionais da área de comunicação como jornalistas, publicitários, designers, etc. Mas já no final do século XX isso foi deixando de ser um privilégio de poucos e passou a ser um "direito" de todos. Para mim, o Che Guevara da acessibilidade à produção e veiculação das informações foi o ainda hoje aclamado Microsoft Power Point (maldito seja seu nome!). Não me entendam mal, eu não sou contra esse comunismo desvairado da "democratização" da produção de informação. Muito pelo contrário eu entendo como muito positivo a liberdade que conquistamos de podermos, da noite pro dia, mostrar ao mundo nossa verdade, nosso ponto de vista. Mas também entendo que existem alguns fantasmas, frutos deste hábito questionável de se fazer apresentações no Power Point e que hoje vem crescendo desgovernadamente com o advento de novas tecnologias integradas como as chamadas redes sociais. Sou só eu ou mais alguém acha que dá para apresentar uma informação sem Power Point? Ufa! Não sou a única. Vejam por exemplo esta apresentação do professor sueco Hans Rosling para a conferência mundial TED: O cara é simplesmente genial. Ok, ele usa um pouco de Power Point para pontuar as datas e legendas. Mas convenhamos que ajuda (esclarece) em alguns pontos, mas que é totalmente dispensável. Para quem não sabe, este professor desenvolveu o software Gapminder (livre por sinal) que apresenta dados estatísticos de crescimento populacional, expectativa de vida, etc, de uma forma inovadora: direta, intuitiva e visual.
Para apresentação acima ele usa o exato mesmo princípio, porém por um meio exatamente oposto ao software. Ele se utiliza de uma forma analógica, caixas e objetos, para apresentar dados estatísticos. O que eu quero chamar atenção é que um dos conceitos básicos da comunicação que acabam se perdendo nessa massificação dos poderes de informação é que informar é dar forma a algo.A partir do momento que eu pego um dado e o informo dentro de um jornal, eu "crio" uma notícia. Eu literalmente determino um espaço onde aquele dado será disponibilizado e eu o informo a ser notícia. É como pegar um bloco de argila e transformá-lo em vaso: eu vou informar a argila que ela será um vaso, e ela então terá a forma de um vaso. (esse conceito é muito bem apresentado por Flusser*) Quando Rosling pega seus dados sobre o crescimento global ao longo das décadas, os relaciona com os meios de transportes para exemplificar o nível desenvolvimento e poder aquisitivo, e transforma números em caixas ele está ratificando que não importa o recurso (se digital ou analógico) contanto que exista uma forma que facilite o acesso dos seus ouvintes aos dados que ele quer apresentar. Se ele quisesse veicular os dados da apresentação sobre Crescimento Populacional com caixas, não seria o melhor recurso. Afinal, nesta apresentação ele possui muitas variáveis para representar : todos os países do mundo, suas respectivas populações, expectativa de vida, filhos por mulher... Já na apresentação das caixas, ele poderia ter feito um Power Point com as barras crescendo de um ano para outro. Mas repare que não teria o "elemento surpresa" de ver as barras efetivamente crescerem, como ele faz inusitadamente com as caixas e objetos. O que eu quero deixar aqui é que ao mesmo tempo que todos hoje tem o direito de criar informação cresce também a responsabilidade de informar bem. São tantos os recursos disponíveis que podemos ousar ir além do convencional power point, podemos ir além do esperado. #ficaadica! *FLUSSER, Vilém. O mundo codificado: por uma filosofia do design e da comunicação, São Paulo: Cosacnaify, 2007
19/3/2011
Nuvem de Projetos![]() foto por Tati Bevilacqua Recentemente eu adquiri esta linda, expressiva e expansiva nuvem de projetos. O que é uma nuvem de projetos? Tecnicamente não é mais do que uma simples placa de metal cortada em formato de nuvem e imantada, onde eu posso grudar papeizinhos e escrever palavrinhas. Mas de certa forma, é também a materialização de minha confusão mental particular. Na verdade, é uma superfície onde eu consigo interagir e, visualmente, mapear todas as ideias e responsabilidades que eu tenho. Cada papelzinho, no caso, é um projeto e cada cor é um estágio do projeto. As setas indicam as tarefas e as observações ideias. Cada pessoa tem um jeito diferente de interagir com o seu "eu" interior. Sei lá, eu imagino que dentro de nós existe um "mini-eu" (ou vários...vai de cada um) que é quem fala com a gente quando a gente pensa, que é quem vai procurar nos arquivos da nossa memória o nome do nosso professor da segunda série, que fica acordado à noite fazendo barulho pensando naquele problema do trabalho, não nos deixando dormir. Esse mini ser em nossa mente às vezes toma as rédeas e interfere no nosso raciocínio lógico. Claro! Ele tá lá dentro! É mais fácil para ele "dominar" o cérebro!! Só que ele esconde as coisas, bagunça as caixas...quando ele está muito ansioso ele faz uma tremenda confusão! Por isso não podemos deixar ele ser o chefe, ele deve ser apenas nosso funcionário. Talvez gerente de um pessoalzinho ainda mais staff que habita nossas mentes também...mas nunca o chefe. "Quem manda nessa porra aqui sou eu!!" Você deve dizer para si mesmo! E por isso, é muito importante que você tenha uma forma de assumir o controle. Cada um tem a sua "nuvem" mental. Uns escrevem listas, outros desenham, ou gravam um recado no celular, mandam emails para si próprios, e ainda tem outros que fazem uma planilha no excel!..Não importa o método, o que importa é você deixar um lembrete para você mesmo! Dizem que aquelas pessoas que registram suas metas são mais comumente bem sucedidas em suas conquistas que aquelas que simplesmente pensam nelas. Portanto, fica a dica: se você já tem um "espaço em branco" é hora de descobrir qual é sua nuvem de projetos! Registre, e conquiste o mundo! Aprendemos coisas na vida que só depois de um certo tempo nós realmente a apreendemos. A cada dia que passa eu percebo mais e mais o quanto a faculdade que eu escolhi (meio na dúvida) e terminei (quase desistindo) me ensinou coisas que vão muito além do profissional. Devo confessar: eu amo minha profissão. E quando a gente ama o que faz parece que tudo no mundo só tem sentido por causa disso. Para minha mãe, por exemplo, "a matemática está em tudo"…cresci ouvindo isso (e eu admito que ela tem razão!). Mas para mim é, a cada dia, mais óbvio que tudo é design! Veja bem… os colegas românticos que me perdoem, mas design é projeto. E todo mundo tem projetos… casamento, viagem, carro novo, família…
Pois bem, eu aprendi duas coisas fundamentais na faculdade que mudaram a minha vida. São duas coisas sem as quais um designer jamais se torna um designer profissional, e resolvi compartilhar com vocês, designers de suas próprias vidas. A primeira coisa que aprendi foi a ligar um Mac. Talvez os ingressantes na área já não tenham mais este problema, dada a maior acessibilidade que as pessoas têm hoje ao universo paralelo de produtos mágicos da Apple, mas para mim foi chocante. Eu me sentei à frente daquele monitor bolinha branco e pensei "caracoles, como é que liga essa coisa?". Daí você aperta o botãozinho e ele diz "Tããããnnn" para você. "UAAAU", eu pensei. E ai...você descobre que não consegue fazer nada! Você só sabe arrastar o cursor pra lá e pra cá…e só. Mas, depois de uma aula "Introdução ao Mac", você pega as manhas e descobre que você nunca mais na sua vida vai comprar um PC. Você passa fome, mas não compra um PC. (e ai tem aquela fase "HA…eu sei por acento agudo e você não"..mas passa!) Talvez, aprender a usar um mac não seja lá de grande utilidade para seus planos de vida, confesso, mas essa foi minha primeira grande lição na vida e eu digo...muitos não designer que já passaram por isso também se sentem pessoas mais livres e felizes! Mas a segunda coisa que eu aprendi, essa sim, é importante. Para ser um designer, designer gráfico mais precisamente, a primeira coisa que você deve aprender é a usar o espaço em branco. Como assim, espaço em branco? Não espaço? Até então, tudo o que conhecemos é aquela página pré-formatada do word, com uma margem torta e inexpressiva. Você escreve textos, joga imagens, faz uma salada mista e pronto. Mas ai, você se depara com o verdadeiro nada…uma caixa onde você tem que dizer tamanho, margem, quantas colunas, quantos espaços… Você tem que saber tudo isso simplesmente para ter uma página em branco. Senão você nem começa. Em outras palavras, você precisa projetar o espaço em que você vai construir seu projeto. E faz sentido! Um projeto só pode começar em um espaço em branco, oras! O espaço em branco não é um simples nada. Ele é um espaço. Ele tem significado, ele auxilia no processo cognitivo, ele é fundamental. Umbomexemploévocêtentarescreverumalinhasemusarosdevidosespaçosembranco. Complica, né? Mas ninguém dá a devida importância a este espaço. É o que acontece na vida do cidadão urbano contemporâneo. A rotina é uma agenda sem intervalos. O almoço vira reunião de negócios, o carro vira restaurante, jogar bola vira aula de futebol. Parece que, para acompanhar a velocidade do mundo é preciso "zipar" nossas tarefas, comprimir nossos conteúdos para caberem mais tarefas em um mesmo espaço. Eu confesso a vocês que eu adoraria ler uma manchete no jornal assim "NASA recalcula movimentos planetares e ajusta a duração do dia para 28h". Infelizmente, o dia continua o mesmo, em cada hora continua tendo 60 minutos, e por mais que consigamos correr sempre vai faltar tempo. Falta? Um sábio chinês já dizia "Tudo o que temos que decidir é o que fazer com o tempo que nos é dado". Mentira, quem disse isso foi o Gandalf do Senhor dos Anéis mesmo. Mas não importa quem disse, essa frase é a melhor frase do mundo. Nos preocupamos tanto com o que temos ou não temos que fazer que acabamos nos esquecendo que não é com o "o que" que devemos nos preocupar mas sim no "quando". Faça um exercício simples: olhe sua agenda. (você não tem uma? abre o google agenda mesmo e escreva todas as suas responsabilidades nela). Geralmente as pessoas pensam de forma automática "uma hora para reunião com o diretor, duas horas para responder emails, meia hora de almoço…". As horas de translado são desconsideradas, uma horinha para esticar as pernas é desconsiderada, uma hora para ficar com quem você ama é desconsiderada. Isso é medo do espaço em branco. Uma janela da agenda soa como "não fazer nada". Mas não é nada…é um espaço em branco. E como eu disse, o espaço em branco tem significado. Na vida, um espaço em branco pode significar aqueles 30 minutos a mais do seu dia que você investe para preparar um lanchinho mais saudável que a coxinha da padoca. Um espaço em branco pode significar aqueles dois dias que você tira entre a sexta e a segunda para curtir a sua família, não seu trabalho. Um espaço em branco pode significar aqueles dias que você fica sem falar com sua mãe para aquietar os ânimos de uma discussão oca e desnecessária, ou pode significar aquele silêncio entre um amigo querido depois de um grande mal entendido. O silêncio, o lazer, o prazer, o cuidado…são espaços em brancos que excluímos de nossa rotina no constante compactamento de tarefas. Mas eles são necessários! Então, eu convido a todos vocês, que chegaram até o final de mais um post, a encontrarem os seus espaços em branco. Não corra mais do que as pernas, não fale mais do que a boca, não coma com os olhos, não preencha todos os espaços em branco. Afinal, é no espaço em branco que começa um novo projeto…
11/3/2011
Vamos discutir ética?Ética (do grego ethos, que significa modo de ser, caráter, comportamento) é o ramo da filosofia que busca estudar e indicar o melhor modo de viver no cotidiano e na sociedade. Diferencia-se da moral, pois enquanto esta se fundamenta na obediência a normas, tabus, costumes ou mandamentos culturais, hierárquicos ou religiosos recebidos, a ética, ao contrário, busca fundamentar o bom modo de viver pelo pensamento humano.
wikipedia,2011, http://pt.wikipedia.org/wiki/Ética Não é fácil falar sobre ética. Ética é uma palavra incompreendida, talvez incompreensível por natureza. O conceito é simples, é universal: são diretrizes de conduta para um viver bem em sociedade. Deveria ser um "saber comum" do comportamento, um "fazer esperado" nas atitudes. O problema deste conceito é que ele esbarra em questões (humanas) muito "sensíveis" como a moral (ou o falso moralismo), a integridade, honestidade, o respeito e, o pior e mais incontrolável de todos, na minha modesta opinião, que é o bom senso. Moralidade é uma questão certamente delicada, intimamente ligada à cultura, criação, educação e religiosidade do ser. É complicado, mas espera-se determinadas condutas do indivíduo baseando-se nestas "origens" citadas. Sim, por vezes podemos cair no preconceito, não nego, mas, muitas vezes a moralidade de um ser é previsível, ou no mínimo não muito surpreendente. A integridade é também uma questão difícil de lidar, porém o conceito é simples e, a meu ver, é um problema que o indivíduo enfrenta mais consigo mesmo do que com a sociedade de um modo geral. Sei lá, como julgar a integridade de um homem? Me parece justo que o "íntegro" seja estabalecido pelo indivíduo e sua "desintegridade" a partir de atos que foram contra sua própria forma correta e direita. Honestidade é uma palavra que não tem meias verdades, ou você é honesto ou não. Alguém pode dizer "ah…e aquelas mentirinhas que as vezes temos que contar para não ferir alguém que amamos"…isso não é desonestidade, é mentira. O honesto é visceral, é um paladino. Honesto é aquele que é justo com suas verdades, com seus valores…e claro, valores bons e igualmente nobres. O respeito é a chave para todas as portas do mundo que hoje se encontram trancadas. É a chave da paz, a chave do fim da miséria, a chave do fim da desigualdade, etc. Se todos respeitassem o próximo e a si próprios as atrocidades que o ser humano é capaz de fazer não existiriam. Mas, de todos, eu coloquei o bom senso como sendo a pior das questões humanas em que a ética esbarra. E sabe por que? Por que bom senso é uma questão amorfa. Você nunca consegue supor o que é o bom senso do seu coleguinha ai do lado. E as pessoas acham razoáveis coisas impressionantes, indigestas, incalculáveis, inimagináveis, inenarráveis! Eu acredito que boa parte das falhas em outras questões da vida, como uma falha na moral, no respeito, ou na integridade, sejam frutos de um simples momento de luminescência do "bom senso" . Em outras palavras, o bom senso é aquela consciência infantil, ingênua e inoscente, que carregamos conosco a vida inteira e que nem sempre é tão "bom" assim. Então, pode não ser por burrice que determinada pessoa diz aquilo…foi um lapso do bom senso. Não foi por maldade que alguém fez aquilo…foi lapso do bom senso. O problema é que a sociedade parece ignorar a gravidade do problema, afinal, é só um lapso do bom senso. O bom senso é ingênuo, não sabe o que faz. A gente dá risada da bobagem que alguém fez em função disso e está tudo certo! Mas ai, o problema persiste, aumenta, e começa a ficar sério. Na ética, é seríssimo o problema. Existem leis, normas, bla bla bla….conselhos e mais conselhos mundo a fora para discutir a ética em cada profissãozinha, grupos de estudos para discutir a ética na sociedade, enfim… regrinhas básicas, como a tabuada, para que o ser humano se sinta "ético", possa exercer sua profissão, seu papel de cidadão, e ser responsável pelos seus atos. Mas de que adianta se as pessoas não usam o bom senso???? Não será sempre que você vai saber como agir em determinadas situações. Mas o bom senso ajuda! Recebi ontem um email do meu "tutor" contendo uma "denúncia" que muito me magoou. Trata-se de um colega designer que publicou em seu portifolio online o desenho do projeto do stand que a empresa onde trabalho fez com uma montadora a qual estávamos trabalhando para chegar a um orçamento. Infelizmente não conseguimos fechar com esta empresa, e, então, o projeto por ele apresentado não foi realizado. Não é problema ele publicar um projeto 3D que ele desenhou. O problema é que faltou um pouco de bom senso pela falta de informação do projeto que ele publicou. Quero dizer, entende-se que ele fez o trabalho inteiro, que a ideia e execução foram dele, e permitir essa dúvida não é legal. Projetos de áreas como o design, que envolvem muita criação, são quase nunca um trabalho solitário (para não ser muito xiita e dizer NUNCA, apesar de estar mais de acordo com meu pensamento). Você acaba usando uma referência de um trabalho que você viu na internet ou numa exposição de arte, acaba pedindo conselhos para amigos, colegas e até familiares, precisa adequar muitas coisas ao que o cliente quer (ou pode pagar)… então é muito difícil ser um lobo solitário. Acaba então que é muito difícil estipular barreiras "criativas" de domínio entre tais e quais ideias...O projeto que a montadora vinha me apresentando seguia uma linha estética X que não condizia com aquilo que eu estava esperando. Para me expressar melhor, eu fiz um projeto de stand, desenhei os elementos básicos que eu gostaria de ver no stand. A partir deste meu pedido, este colega de profissão, que trabalha para esta montadora, fez o desenho do projeto em questão. Idealização, representação, modelagem, construção, coordenação, registro, desmontagem…um projeto possui várias etapas, e um bom projeto envolve profissionais diversos aplicados em cada especialidade. Nenhum é menor que o outro, são funções diferentes, participações diferentes. Neste projeto, achei injusto designar todo o projeto a este profissional, sendo que a idealização do mesmo foi feita por mim. É claro que ele tinha que se basear no meu desenho, afinal, eu era a cliente que estava pedindo aquilo. Porém, eu investi o meu tempo para fazer aquele desenho, por minhas ideias no papel e sei lá...de repente foi tudo ideia dele. Por isso que eu não digo que é falta de ética...é falta de bom senso apenas. Se fosse a situação contrária, aposto que ele e qualquer outra pessoa também ficaria chateado de ver a sua contribuição sendo Fica a dica para os colegas de profissão, e até mesmo para outros profissionais refletirem também, adequados à sua realidade, que seus portifolios sejam montados e que não se tenha "vergonha" (ou a pouca vergonha, estou confusa) de dizer qual foi sua participação exata no projeto. Qual o resultado, o projeto foi aprovado? Foi executado? Quem é o cliente (com as devidas permissões é claro)? Etc… Isso evita desentendimentos e desgastes profissionais futuros… Por isso que eu digo, usem o bom senso. |
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January 2016
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