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15/3/2013 Comments

QUEM LUTA NÃO BRIGA, MAS BATE SE FOR PRECISO!

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Mais uma vez me deparo com o depoimento de alguma psicóloga falando que é perigoso crianças aprenderem a lutar (leia aqui). Me traz uma revolta TÃO GRANDE este tipo de comentário e análise que eu não consigo ficar quieta. Eu sei que não sou psicóloga, e não tenho nenhuma fundamentação teorica sobre o assunto, mas a questão é que eu tenho o conhecimento empírico, a experiência e eu sou uma prova viva daquilo que vou dizer aqui.

A agressividade talvez seja um traço genético pré-histórico que ainda carregamos conosco. Concordo que é um impulso selvagem e que não faz sentido (ou seja, não há razão) resolver as coisas na porrada. Acontece que cada um lida com sua própria agressividade de uma maneira ou de outra: uns dançam, uns correm, uns jogam xadrez, outros lêem um livro...e outros lutam.

Imagine uma criancinha que, seja por puro prazer ou porque ficou muito puta com alguma coisa, resolve socar a cara do coleguinha. Isso é impulso, isso é instinto nu e cru. Ela nem sabe o que é isso que toma conta dela, não sabe que nome isso tem mas sabe que precisa se livrar disso o mais rápido possível. E é ai que eu não concordo de maneira alguma com nenhuma dessas pessoas (que provavelmente nunca lutaram na vida).

Quem vai aprender uma luta, seja ela  judô, jiu-jistu, boxe, capoeira, muay thai, qualquer uma, não vai aprender a bater, como muitos pensam, mas sim, vai aprender a lidar com essa energia, com o impulso.  A regra número de qualquer prática marcial é a preservação do corpo, tanto o seu quanto o de seus companheiros. Você aprende a conhecer o seu corpo, a esculpi-lo, moldá-lo e a se proteger. Você aprende o quanto você é forte, do que você é capaz. Você desenvolve a consciência corporal.

Se por um lado, então, você começa a ter maior noção corporal, motora e de auto-preservação, por outro você está gastando sua energia de maneira inofensiva (no saco de pancada, nas raquetes e aparadores). Mesmo quando você já está apto a um combate corpo a corpo com outra pessoa você já sabe seus limites, e sabe perceber os limites de seu colega de treino. Vocês, juntos, entram em sincronia e progressivamente vão explorando os limites de cada um. Num treino, o objetivo nunca é nocautear o coleguinha.

Agora, porque em um campeonato o objetivo é bater? Porque as pessoas se sujeitam a sangrar e quebrar alguns ossos e ferrar algumas articulações se o intuito todo é aprender a controlar seus nervos? Justamente porque você não ganha um jogo se não fizer um gol, e se não defender bem o seu. As pessoas que gostam de lutar, e que a fazem de modo profissional, têm um prazer e uma necessidade de sentir a dor, de expor o corpo ao máximo. Isso é inerente da pessoa, não uma consequência da luta. 

Fiz judô aos 8 anos por algum tempo, um ano, talvez mais, mas parei por questões de "agenda". Depois de grande eu queria muito treinar kun fu, porém meu pai não me deixava. Eu quebrava objetos em casa, socava a parede, me auto-flagelava. Se não sai por bem, sai por mal. Desde que eu comecei a lutar meu corpo melhorou muito, minha cabeça, etc....

Você passa a ser mais tolerante, mais calmo, mais flexível. Você não precisa descontar nada em ninguém. Mas, mesmo assim, as vezes a vida nos faz agir como não queremos. É verdade que quando um não quer dois não brigam...mas se o um quiser muito... ai um bate e o outro apanha. Se você tem que escolher entre apanhar e bater...bata. Acredite, apanhar é muito pior! Então...e ai? As criancinhas na escola vão continuar batendo, sejam elas judocas ou jogadores de futebol!!! Não é bom incentivar as crianças a resolver as coisas na porrada... mas se isso acontecer e elas tiverem algum conhecimento de luta elas provavelmente vão acabar com a briga muito mais rapidamente, de maneira menos danosa possível e, mais importante, sem se machucar. Um soco desferido de maneira errada pode machucar sério a pessoa que bateu!

Mas além de tudo isso, tem duas coisas, que a arte marcial oferece, e que é essencial na formação dos cotoquinhos: disciplina e respeito. Esses são os fundamentos para a construção de caráter do pimpolhos e é sem sombra de dúvidas o que vai ser determinante no resto da vida deste indivíduo na maneira como ele vai lidar com as dificuldades e diferenças que lhe forem impostas. É preciso muito respeito e disciplina para aprender a ser tolerante e a evitar confrontos físicos. E não é apenas a arte marcial que oferece isso às crianças não!! Qualquer esporte, a meu ver, é perfeito para isso! E esportes coletivos ainda agregam o senso de coletividade.... enfim....

Acho que o importante é saber o que vai funcionar melhor para cada pimpolho. O mais importante é a criança praticar a atividade que ela mais gosta e mais se sente bem em praticar... que ai ela certamente vai valorizar cada aprendizado, vai admirar todo professor e aprender as melhores lições possíveis!

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